Quais foram as principais atualizações
Quais foram as principais atualizações do algoritmo do Google?
Ao longo da sua trajetória, o Google aprimorou o seu algoritmo sempre de olho no seu propósito: melhorar a experiência do usuário.
Apenas em 2018, a Moz contabilizou incríveis 3.234 atualizações. É por isso que os robôs mudam tanto — e o mercado de SEO precisa ficar atento.
O algoritmo se torna cada vez mais complexo e exigente. Se antes era fácil passar por cima das diretrizes do buscador, hoje ele já possui uma tecnologia inteligente o bastante para eliminar páginas que adotam práticas maliciosas.
Além de combater o black hat, a evolução do algoritmo também busca melhorar a compreensão das intenções de busca dos usuários. E é esse caminho que as atualizações mais recentes estão trilhando.
Quer saber como se dá essa evolução no algoritmo do Google? Então, acompanhe as principais atualizações dos últimos anos!
Panda (2011)
Essa foi a primeira atualização, lançada oficialmente em 2011, que impactou o mercado de SEO. Com essa atualização, 12% dos resultados da busca foram afetados e milhares de sites foram rebaixados no ranking.
O Google resolveu punir páginas com conteúdos de baixa qualidade, que incluíam práticas como estas:
- conteúdo duplicado ou copiado;
- keyword stuffing;
- textos gerados automaticamente;
- páginas com pouquíssimo ou nenhum conteúdo;
- páginas cheias de publicidade em vez de conteúdo de valor;
- “fazendas de links” para gerar mais backlinks.
Embora tenha sido lançado em 2011, várias atualizações do Panda foram feitas no decorrer dos anos e penalizaram mais sites.
Penguin (2012)
Lançado em 2012, o Penguin afetou cerca de 3% dos resultados da busca em inglês logo nos primeiros dias. Depois, ele passaria por diversas atualizações que mexeram ainda mais com a SERP.
Nesta época, o Google já estava consciente sobre a importância do SEO. Porém, a empresa queria evitar a “super otimização” dos sites, que resultava em práticas de black hat.
Por isso, o Google Penguin mirava novamente nos sites que não seguiam suas diretrizes com conteúdo de baixa qualidade, que buscava ludibriar o algoritmo.
Hummingbird (2013)
Essa atualização de 2013 foi mais focada em aprimorar os resultados de busca do que penalizar páginas e sites.
A partir do Hummingbird, as páginas não precisavam mais ter a correspondência exata da palavras-chave pesquisada pelo usuário.
Com a ajuda de sinônimos, campo semântico do termo de busca e o histórico de pesquisas do usuário, o Google já conseguia entender o que ele estava pesquisando e entregar os resultados certos.
Dessa forma, uma pessoa que pesquisasse por “laptop”, por exemplo, poderia ver resultados para o termo “notebook”, se eles fossem relevantes. Isso mostra que o Google mudou o foco da palavra exata para a semântica da busca, a fim de entregar melhores respostas.
Pigeon (2014)
Essa atualização é a evolução do algoritmo para as buscas locais.
O algoritmo passou a considerar fortemente a localização do usuário na hora da pesquisa para entregar resultados de busca com negócios locais.
A busca por um restaurante, por exemplo, passou a exibir resultados próximos, dentro da cidade ou do bairro em que a pessoa estava.
Estima-se que metade dos sites decaíram na SERP, enquanto subiram páginas de pequenos negócios, que ganharam espaço com o SEO local.
Mobilegeddon (2015)
Uma grande atualização relacionada aos resultados da busca em dispositivos móveis vinha sendo anunciada. Finalmente, em 2015, o Google lançou o que o mercado esperava: o Mobilegeddon.
Com essa atualização, sites mobile-friendly passaram a ganhar mais relevância nos resultados da busca em smartphones e tablets.
A intenção era melhorar a experiência dos usuários de dispositivos móveis, que passaram a ver mais sites com design responsivo, melhor usabilidade e carregamento rápido.
Na prática, a atualização não causou tanto impacto, pois muitos sites já haviam se preparado para ela. Mas, depois, a otimização para o mobile foi ganhando ainda mais relevância com outras atualizações menores.
RankBrain (2015)
O RankBrain é uma evolução do Hummingbird. Se o algoritmo já estava mais evoluído para compreender as intenções de busca, agora ele passaria a usar inteligência artificial e machine learning para isso.
Assim, o algoritmo do Google passou a interpretar ainda melhor as consultas dos usuários. Sem a intervenção humana, ele aprende automaticamente sobre a intenção de busca e entrega resultados mais relevantes. Foi um passo gigantesco na tecnologia do buscador.
BERT (2019)
A atualização mais recente do Google, voltada para a compreensão das intenções de busca dos usuários, aconteceu em 2019 e se chama BERT.
A sigla significa Bidirectional Encoder Representations from Transformers — o que não explica muita coisa, não é? Trata-se de um novo sistema de inteligência artificial especializado no processamento de linguagem natural (Natural Language Processing ou NLP).
Segundo o Google, 15% das buscas que são realizadas todos os dias são inéditas. Ou seja, os sistemas precisam ser inteligentes suficientemente para entender todas as pesquisas dos usuários, mesmo que elas nunca tenham sido feitas antes ou que não usem as melhores palavras para descrever sua dúvida.
Por isso, o BERT é considerado uma das principais atualizações do algoritmo do Google nos últimos anos. Ele é capaz de compreender o contexto geral das buscas ao analisar as palavras que compõem uma pesquisa, os significados delas e as relações entre elas.
Portanto, não se trata mais de compreender palavras-chave específicas. O Google já consegue entender frases completas escritas com uma linguagem natural, de maneira muito próxima à forma que o ser humano compreende.